terça-feira, 24 de julho de 2012


Etapas  da  organização da Educação Especial:

Etapa do Extermínio: é o período da Antiguidade até o século V, os portadores de deficiência por suas limitações e imperfeições eram considerados inúteis à vida social, sendo lançados ao mar, rios ou do alto de penhascos, ou eram abandonados em lugares públicos, em montanhas ou em florestas.

Etapa Filantrópica ou Período da Segregação: entre o século XVI e XVII, a pessoa com deficiência era vista como uma eterna criança que estava doente e iria continuar assim. Numa época da “política de favores”: assistencialista, paternalista, de caridade, mas segregadora e excludente.

Etapa Científica: com a transformação política e econômica da Revolução Burguesa, houve avanço na medicina e inicia as discussões acerca  das causas  e  efeitos  da  deficiência, com base na herança genética, como origem dos  distúrbios  físicos  e intelectuais. Assim, no ano de 1784 iniciou a educação para surdos e à abertura de um Instituto para crianças cegas, e foram feitas melhorias  nos  métodos  de ensino para a área visual e auditiva. Posteriormente, no século XIX, Louis Braille criou o Sistema Braille e surgiu a Educação  Especial  na  forma  de  assistência segregativa nas primeiras instituições assistencialistas.

Etapa Integracionista e Inclusiva: a partir do século XX, as pessoas com deficiência são vistas como cidadãos com direitos e deveres de  participação na sociedade, porém ainda continua sendo assistencial e caritativa.
Em 1948, surgiu uma nova visão com a Declaração Universal dos Direitos Humanos -, documento inspirador das  políticas  públicas  e  dos  instrumentos  jurídicos  da maioria dos países. “Todo ser humano tem direito à educação”.

Etapa Inclusiva: em 1980 a inclusão das pessoas deficientes passou a exigir mudanças na sociedade e na escola, transformando  a  escola  no Princípio da Atenção à Diversidade.


Paradigmas: 

Etapa Filantrópica ou Período da Segregação: Paradigma da Institucionalização, onde as pessoas com deficiências ficavam trancafiadas em instituições com a justificativa de proteção ao indivíduo e à sociedade.

Etapa Científica: Paradigma da assistência segregativa nas primeiras instituições assistencialistas.

Etapa Integracionista e Inclusiva: Paradigma de Serviços prestados pela sociedade às pessoas deficientes.


Princípios referentes à Educação Especial 

Princípio da Normalização: todos devem seguir uma determinada norma, um padrão de vida igual a todos.

Princípio da Integração: reorganização da sociedade para que as pessoas especiais se adaptem ao ambiente sócio-escolar.

Princípio da Individualização: atendimento as especificidades que envolvem a prática social, com adaptações curriculares e criação de mecanismos de
apoio à escolarização.


 
A Educação Especial é uma modalidade da Educação Básica, fundamentada no princípio da atenção à diversidade.
Integram-se o Ensino Regular e a Educação Especial numa concepção da Educação Inclusiva, buscando a participação e permanência de todos os alunos na escola, numa educação de qualidade, onde o atendimento as pessoas com necessidades especiais não requer um ambiente especifico e único, mas sim necessita de recursos físicos, humanos e materiais para que seja possível atender a todos, adaptando os recursos físicos, humanos e materiais.


Referências

RODRIGUES, Cleide Aparecida Faria. Cidadania e Sociedade. Cursos de Graduação. Ponta Grossa: Universidade Estadual de Ponta Grossa – Nutead, 2010

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