Etapas da organização da Educação Especial:
Etapa do Extermínio: é o
período da Antiguidade até o século V, os portadores de deficiência por suas
limitações e imperfeições eram considerados inúteis à vida social, sendo
lançados ao mar, rios ou do alto de penhascos, ou eram abandonados em lugares
públicos, em montanhas ou em florestas.
Etapa Filantrópica ou Período da Segregação: entre o
século XVI e XVII, a pessoa com deficiência era vista como uma eterna criança
que estava doente e iria continuar assim. Numa época da “política de favores”:
assistencialista, paternalista, de caridade, mas segregadora e excludente.
Etapa
Científica: com a transformação política e econômica da Revolução
Burguesa, houve avanço na medicina e inicia as discussões acerca das causas
e efeitos da
deficiência, com base na herança genética, como origem dos distúrbios
físicos e intelectuais. Assim, no
ano de 1784 iniciou a educação para surdos e à abertura de um Instituto para
crianças cegas, e foram feitas melhorias
nos métodos de ensino para a área visual e auditiva.
Posteriormente, no século XIX, Louis Braille criou o Sistema Braille e surgiu a
Educação Especial na
forma de assistência segregativa nas primeiras
instituições assistencialistas.
Etapa Integracionista
e Inclusiva: a partir do século XX, as pessoas com deficiência
são vistas como cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade, porém ainda
continua sendo assistencial e caritativa.
Em 1948,
surgiu uma nova visão com a Declaração Universal dos Direitos Humanos -,
documento inspirador das políticas públicas
e dos instrumentos
jurídicos da maioria dos países.
“Todo ser humano tem direito à educação”.
Etapa Inclusiva: em 1980 a inclusão das pessoas
deficientes passou a exigir mudanças na sociedade e na escola, transformando a
escola no Princípio da Atenção à
Diversidade.
Paradigmas:
Etapa Filantrópica ou Período da Segregação: Paradigma da
Institucionalização, onde as pessoas com deficiências ficavam trancafiadas em
instituições com a justificativa de proteção ao indivíduo e à sociedade.
Etapa Científica: Paradigma da assistência segregativa nas primeiras
instituições assistencialistas.
Etapa Integracionista e Inclusiva: Paradigma de
Serviços prestados pela sociedade às pessoas deficientes.
Princípios referentes à
Educação Especial
Princípio
da Normalização: todos
devem seguir uma determinada norma, um padrão de vida igual a todos.
Princípio
da Integração:
reorganização da sociedade para que as pessoas especiais se adaptem ao ambiente
sócio-escolar.
Princípio
da Individualização:
atendimento as especificidades que envolvem a prática social, com adaptações
curriculares e criação de mecanismos de
apoio à escolarização.
A Educação Especial é uma modalidade da Educação
Básica, fundamentada no princípio da atenção à diversidade.
Integram-se o Ensino Regular e a Educação
Especial numa concepção da Educação Inclusiva, buscando a participação e
permanência de todos os alunos na escola, numa educação de qualidade, onde o
atendimento as pessoas com necessidades especiais não requer um ambiente
especifico e único, mas sim necessita de recursos físicos, humanos e materiais
para que seja possível atender a todos, adaptando os recursos físicos, humanos
e materiais.
Referências
RODRIGUES, Cleide Aparecida Faria. Cidadania e Sociedade. Cursos de
Graduação. Ponta Grossa: Universidade Estadual de Ponta Grossa – Nutead, 2010
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