terça-feira, 24 de julho de 2012


EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E AMBIENTES VIRTUAIS

A Tecnologia Educacional é entendida como a área que estuda a aplicação das Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC - na educação, a partir de um embasamento da didática, psicologia da aprendizagem e desenvolvimento tecnológico.
Assim, as alterações no sistema educativo visam levar em conta as diferenças pessoais, estilos cognitivos, ritmos de aprendizagem, afinidades, áreas de interesse, estratégias de pensamento e motivação.
Conforme Cattani (2001) as TIC ampliam as possibilidades das ações educativas, proporcionando oportunidades para mudanças por parte dos professores e tutores quanto aos métodos pedagógicos, onde o currículo, os recursos materiais e didáticos, o espaço físico e o horário de estudos são consideravelmente afetados com a gama de possibilidades das ações educativas ao incorporarem os recursos oferecidos pelas novas tecnologias.
As TICs são inovadoras no sentido da interconexão entre os sujeitos produtores de seu conhecimento. Isto é, os sujeitos (professores, tutores e alunos) são os detentores de saberes geradores de novos conhecimentos, a partir de experiências compartilhadas entre todos, no amplo sentido do aprender a aprender.
Bastos (1998) destaca que os atores são reflexivos e críticos, proporcionando uma ação comunicativa, uma visão do todo, com uma aprendizagem significativa que ocorre quando um novo conteúdo relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva do aluno e passa a ser assimilado por este.
Dessa forma, percebe-se a importância dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem para a construção de conhecimento a partir de processos colaborativos de ensino-aprendizagem, sendo uma ferramenta valiosa no processo de ensino e aprendizagem, bem como facilitando a assimilação significativa dos conteúdos, e proporcionando um avanço na construção de novos conhecimentos.  
São muitos os recursos a nossa disposição para aprender e para ensinar, e com a chegada da tecnologia, dos programas que gerenciam grupos e possibilitam a publicação de materiais estão trazendo possibilidades inimagináveis. Mas não basta tentar remendos com as atuais tecnologias, deve-se fazer coisas diferenciadas, é hora de mudar de verdade e vale a pena fazê-lo logo, chamando os que estão dispostos, incentivando-os de todas as formas, dando tempo para que as experiências se consolidem e avaliando com equilíbrio o que está dando certo.
As tecnologias não substituem o professor, mas modificam algumas das suas funções, a tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros, vídeos, programas em CD, podendo estimular a curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante. Também coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos, transformando informação em conhecimento e conhecimento em saber, em vida, em sabedoria, o conhecimento com ética.
As tecnologias permitem um novo encantamento na escola, ao abrir suas paredes e possibilita aos alunos a construção de novos conhecimentos, dessa forma o processo de ensino-aprendizagem pode ganhar um dinamismo, inovação e poder de comunicação inusitados.
O re-encantamento, não reside principalmente nas tecnologias, mas em nós mesmos, na capacidade em tornar-nos pessoas plenas, num mundo em grandes mudanças. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se plenamente com tantas tecnologias de apoio.

REFERÊNCIAS
UNIDADE DIDÁTICA 5 – AMBIENTES DE APRENDIZAGEM E COLABORAÇÃO – Texto: Educação, Tecnologia e Ambientes Virtuais.

BASTOS, J. A. S. L. A. O diálogo com a Tecnologia. Tecnologia & Interação. Curitiba: CEFET-PR, 1998.

CATTANI, A. Recursos Informáticos e Telemáticos como Suporte para Formação e Qualificação de Trabalhadores da Construção Civil. 2001. 249 p. Tese (Doutorado) - Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.

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