Avaliação em EaD
Na EaD é possível
construir sim uma avaliação formativa e continuada, conforme Freire (2012) a
avaliação formativa e continuada consiste em uma prática educativa
contextualizada, flexível, interativa, presente ao longo do curso, de maneira
contínua e dialógica.
Assim, percebe-se que a
avaliação não se resume a um momento específico, como os exames presenciais em
EaD exigidos pela lei. Deve-se avaliar o todo, utilizando recursos múltiplos ao
longo do processo educativo, onde o tutor poderá acompanhar o progresso do
aluno.
A avaliação da
aprendizagem deve estimular e levar em consideração a capacidade do aluno de produzir
conhecimentos, de refletir e de posicionar-se criticamente frente ao processo
pedagógico.
A avaliação processual
contínua permite determinar se o aluno está conseguindo assimilar o conteúdo,
quais os tipos de dificuldades que apresenta, se ele consegue ou não, e com que
grau de dificuldade, realizar as atividades propostas e se é capaz de
relacionar os novos conhecimentos com sua prática profissional (NEDER, 2012).
Dessa forma, a avaliação
permite acompanhar o desempenho do aluno,
as condições prévias, os progressos e dificuldades na assimilação de
conhecimentos.
Além disso a avaliação
ajuda a desenvolver capacidades e habilidades, pois um trabalho bem planejado e
avaliado constantemente auxilia e muito a escola para que ocorra um crescimento
nas capacidades e habilidades dos educandos.
Na EaD, a avaliação do
processo está diretamente relacionada com a remediação. Uma vez que permite o
diagnóstico precoce de falhas no sistema, dificuldades não previstas do aluno,
problemas no processo ensino e aprendizagem como um todo, permite também
interferir de imediato, readequando o que for necessário de modo a garantir a
recuperação do aluno, e, assim, assegurar a sua permanência no curso.
Quanto a exigência de
exames presenciais acredito que tal exigência é viável nos cursos de
pós-graduação, pelo fato de ser maior tempo, favorecendo o contato entre o
grupo de alunos e tutores, bem como firmar o comprometimento com o curso,
evitando falsa identidade na realização das atividades propostas pela
instituição, pois se todas as avaliações forem somente a distância pode ocorrer
esse fato.
Cabe ressaltar que todos
os envolvidos na avaliação devem acreditar no seu poder transformador e
garantir o caráter educativo, formativo e emancipador deste processo.
Portanto, pode se dizer,
que o mais importante não é a mudança de instrumentos, mas a mudança de postura
pedagógica, que seja mais flexível, capaz de colocar os trabalhos diante de
avaliações contínuas, buscando assim uma nova forma de auxiliar o processo de
conquista do conhecimento.
Referencial bibliográfico:
FREIRE, Paulo. Pedagogia do
oprimido. Disponível em: http://www.abed.org.br.
Acesso em: 14 de maio de 2012.
NEDER, M. L. C. Avaliação na Educação
a Distância: Significações para definição de percursos. Disponível em: http://www.cursos.nead.ufpr.br/mod/
resource/view.php?id=109994. Acesso em: 11 de maio de 2012.
RODRIGUES, Cleide
Aparecida Faria; SCHMIDT, Leide Mara. Introdução
à Educação a Distância.
Especialização em História, Arte e
Cultura (EHAC-3ªed/2012). Modalidade
à distância. Ponta Grossa, 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário