A massificação do
ensino tem contribuído muito ao aparecimento e aumento dos
"distúrbios de aprendizagem".
Quando a aprendizagem não
se desenvolve conforme o esperado para a criança, para os pais e
para a escola ocorre a "dificuldade de aprendizagem".
É necessário o
reconhecimento do problema por um profissional, com treino específico
da dificuldade a fim de que a criança supere suas dificuldades, com
esforço, colaboração da família e da escola em conjunto
acompanhando as etapas de evolução da criança.
De acordo com a
definição estabelecida em 1981 pelo National Joint Comittee for
Learning Disabilities (Comitê Nacional de Dificuldades de
Aprendizagem), nos Estados Unidos da América, Distúrbio de
aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo
heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades
significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura,
escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas.
Estas alterações são
intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção
do sistema nervoso central. Apesar de um
distúrbio de aprendizagem poder ocorrer concomitantemente com outras
condições desfavoráveis (por exemplo, alteração
sensorial, retardo mental, distúrbio social ou emocional) ou
influências ambientais (por exemplo, diferenças culturais,
instrução insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é
resultado direto dessas condições ou influências. Collares e
Moysés, 1992: 32)
Designam-se crianças que
apresentam dificuldades de aquisição de matéria teórica, embora
apresentem inteligência normal, e não demonstrem desfavorecimento
físico, emocional ou social.
As criançascom distúrbio de aprendizagem não são incapazes de aprender, pois os distúrbios não é uma deficiência irreversível, mas uma forma de imaturidade que requer atenção e métodos de ensino apropriados. Os distúrbios de aprendizagem não devem ser confundidos com deficiência mental.
É necessário a identificação do problema, esforço, compreensão, colaboração e flexibilização de todas as partes envolvidas no processo: criança, pais, professores e orientadores.
As criançascom distúrbio de aprendizagem não são incapazes de aprender, pois os distúrbios não é uma deficiência irreversível, mas uma forma de imaturidade que requer atenção e métodos de ensino apropriados. Os distúrbios de aprendizagem não devem ser confundidos com deficiência mental.
É necessário a identificação do problema, esforço, compreensão, colaboração e flexibilização de todas as partes envolvidas no processo: criança, pais, professores e orientadores.
Considera-se que uma
criança tenha distúrbio de aprendizagem quando:
a) Não apresenta um
desempenho compatível com sua idade quando lhe são fornecidas
experiências de aprendizagem apropriadas;
b) Apresenta
discrepância entre seu desempenho e sua habilidade intelectual em
uma ou mais das seguintes áreas; expressão oral e escrita,
compreensão de ordens orais, habilidades de leitura e compreensão e
cálculo e raciocínio matemático.
Além disso, costuma-se considerar quatro critérios adicionais no diagnóstico de distúrbios de aprendizagem. Para que a criança possa ser incluída neste grupo, ela deverá:
a) Apresentar problemas
de aprendizagem em uma ou mais áreas;
b) Apresentar uma
discrepância significativa entre seu potencial e seu desempenho
real;
c) Apresentar um
desempenho irregular, isto é, a criança tem desempenho satisfatório
e insatisfatório alternadamente, no mesmo tipo de tarefa;
d) O problema de
aprendizagem não é devido a deficiências visuais, auditivas, nem a
carências ambientais ou culturais, nem problemas emocionais.
Principais distúrbios
de aprendizagem:
1-Dislexia
Refere-se à falha no processamento da habilidade da leitura e da escrita durante o desenvolvimento, é um atraso no desenvolvimento ou a diminuição em traduzir sons em símbolos gráficos e compreender qualquer material escrito. São de três tipos: visual, mediada pelo lóbulo occipital fonológica, ediada pelo lóbulo temporal; e mista, com mediação das áreas frontal, occipital, temporal e pré-frontal.
Refere-se à falha no processamento da habilidade da leitura e da escrita durante o desenvolvimento, é um atraso no desenvolvimento ou a diminuição em traduzir sons em símbolos gráficos e compreender qualquer material escrito. São de três tipos: visual, mediada pelo lóbulo occipital fonológica, ediada pelo lóbulo temporal; e mista, com mediação das áreas frontal, occipital, temporal e pré-frontal.
A dislexia tem sido
relacionada a fatores genéticos, acometendo pacientes que tenham
familiares com problemas fonológicos, mesmo que não apresentem
dislexia. As alterações ocorreriam em um gene do cromossomo 6 . A
dislexia, em nível cognitivo- lingüístico, reflete um déficit no
componente específico da linguagem , o módulo fonológico,
implicado no processamento dos sons da fala.
2- Disgrafia
É uma deficiência na
linguagem escrita , mais precisamente na qualidade do traçado
gráfico , sem comprometimento neurológico e/ou
intelectual. Nas disgrafias, também encontramos níveis de
inteligência acima da média ,mas por vários motivos ,apresentam
escrita ilegível ou lenta.
A ‘letra feia’
(disgrafia) está ligada à dificuldades para recordar a grafia
correta para representar um determinado som ouvido , ou elaborado
mentalmente. A criança ,escreve devagar ,retocando as letras , e
realizando de forma inadequada as uniões entre as mesmas.
Normalmente as amontoa ,com o objetivo de esconder os erros
ortográficos. Assim como a dislexia ,a disgrafia também está
relacionada à má organização de espaço temporal, fazendo com que
uma organização de caderno, por exemplo, seja ‘inexistente’.(usa
espaços inadequados entre as palavras, margens inexistentes, letras
deformadas, escrita ascendente ou descendente ,etc).
3- Discalculia
A discalculia, é a
dificuldade ou a incapacidade de realizar atividades aritméticas
básicas, tais como quantificação, numeração ou cálculo. A
discalculia é causada por disfunção de áreas têmporo–parietais,
muito compatível com o exame clínico do TDAH. Vale lembrar que
alguns indivíduos têm menos aptidão para matemática do que
outros, e nem por isso pode-se diagnosticá-los como se tivessem
discalculia. A discalculia está quase sempre associada à quadros de
dislexia e do TDAH. (onde se encontram indivíduos com QI acima da
média.)
4 - Dislalia
É o transtorno de
linguagem mais comum em crianças e o mais fácil de se
identificar. A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza
pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia
pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo,
trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas
a elas.
5
- Disortografia
Consiste numa escrita,
não necessariamente disgráfica, mas com numerosos erros, que se
manifesta logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da
escrita. Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número
de erros. Entre os diversos motivos que podem condicionar uma escrita
desse tipo, destacamos os seguintes:
- Alterações na linguagem: um atraso na aquisição e/ou no desenvolvimento e utilização da linguagem, junto a um escasso nível verbal, com pobreza de vocabulário (código restrito), podem facilitar os erros de escrita.
6
- TDAH
O TDAH - Déficit de
Atenção é uma condição de base orgânica, que tem por principais
características dificuldades em manter o foco da atenção, controle
da impulsividade e a agitação - que é a hiperatividade. É também
chamado de DDA, THDA, TDAHI, entre outras siglas.
O diagnóstico do TDAH
não deve ser baseado exclusivamente em listas de sintomas - apenas
ter muitos dos sintomas não significa que, necessariamente, alguém
é portador do TDAH. Há várias outras causas que podem mimetizar os
sintomas do TDAH ou até mesmo ocorrerem simultaneamente a ele - o
que é chamado de co-morbidade. Além disso, há mais de um tipo de
TDAH.
REFERÊNCIAS
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